sexta-feira, 10 de julho de 2009

No Leito da Morte

O que você faria se estivesse no último dia de vida e soubesse disso? Sabemos que a única certeza da vida é a de que vamos morrer, e que isso pode acontecer a qualquer hora e lugar, mas imagine que você soubesse exatamente o horário da sua morte e, mais que isso, que ela iria ocorrer em exatas 24 horas.
Ficaria tão preocupado em passar logo o tempo, queixando-se do seu trabalho? Pensaria em querer que a próxima semana chegasse logo, porque haveria uma festa, ou algum evento que é considerado de alguma importância? Acho que não. Se isso acontecesse, você iria aproveitar cada segundo, valorizando-os, pois seriam os seus últimos e eles jamais voltariam, sendo que nada mais poderia ser feito para reconquistá-los.
Se eu fosse morrer amanhã e soubesse disso, eu deixaria de lado as minhas mágoas, aproveitaria cada segundo do meu dia, até mesmo durante as atividades mais chatas, pois não teria mais a oportunidade de fazê-las de novo. Aproveitaria para dizer para cada pessoa o quão importante ela foi durante minha vida. Abraçaria a todas as pessoas que me ensinaram alguma coisa, e agradeceria pela vida maravilhosa que eu tive, e que elas fizeram parte. Aproveitaria para pedir perdão àqueles que eu fiz algum mal, e perdoaria aqueles que me fizeram mal.
Se não houvesse mais o amanhã, deixaria o sono para depois, mas faria questão de saborear as minhas comidas preferidas. Também choraria por não ter conseguido completar todos os meus sonhos, mas com o sorriso de ter obtido um grande sucesso, e poder ser motivo de orgulho para aqueles que eu amo.
Então, tudo o que eu posso fazer por enquanto é curtir a minha vida, pois não sei se hoje é meu último dia aqui. Pode ser que eu ainda viva o suficiente para realizar meus maiores desejos ou temores, mas talvez não haja tempo para isso, já que o futuro é o ser mais misterioso e incerto que há.
Apenas me pergunto: se não sabemos se amanhã existiremos, por que desejamos tanto que o tempo passe rápido? Por que gostamos tanto de deixar para amanhã o que temos vontade de dizer no agora? Espero que consigamos algum dia, e que não seja tarde demais, dar-nos conta de que realmente cada dia pode ser o nosso último. Cada encontro com os amigos poderá ser o último.


Abraços, pessoal. Vamos tentar viver cada dia como o nosso último e realizar hoje tudo aquilo que conseguirmos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Etapa nos Parênteses da Vida

Ano passado eu estava fazendo o terceiro ano do Ensino Médio, dedicando-me quase que exclusivamente para o temível vestibular da UFSC. Passava a manhã na aula, à tarde num cursinho preparatório e de noite às vezes ainda tinha alguma prova pra fazer.
E, graças ao esforço, obtive sucesso nessa minha etapa de vida. Consegui passar no vestibular. Em contrapartida, apenas para a segunda metade do ano. Ou seja, eu teria “férias extras” até agosto. E depois de tanto estudo, eu achei muito justo que eu aproveitasse essas férias e deixasse, pelo menos por algum momento, os estudos de lado. Entretanto, o que eu pensava era que a próxima etapa, depois do Ensino Médio, fosse o Ensino Superior, pelo menos aos que passaram no vestibular ou os que possuíam dinheiro para uma Universidade Particular.
Contudo, com mais seis meses de férias, eu não ficaria parado por muito tempo. Em março eu consegui um emprego, para ajudar um pouco em casa e me ajudar a passar o tempo até agosto. O que eu não imaginava era que esse emprego seria uma nova etapa na minha vida, uma fase de amadurecimento, crescimento, e amizades novas.
Meu jeito quieto de ser acabou causando insegurança, quanto a minha capacidade, por parte de alguns funcionários de onde eu trabalhava, e até mesmo do meu fiscal. Mas não demorou muito para eu provar que era capaz de realizar com êxito o meu serviço. E, conforme o tempo ia passando, meu relacionamento para aqueles que eu trabalhava foi se tornando maior que de colegas. Sem perceber, eu já os considerava meus amigos.
Eles me ajudaram a superar, com muito humor e palhaçada, um momento muito difícil pelo qual eu estava passando. Também me passaram algumas lições importantes de um curso, chamado Universidade da Vida.
O que era pra ser apenas um passatempo acabou se tornando uma nova etapa na minha vida. Com esses meus amigos eu aprendi muita coisa, cresci muito e, com o emprego, adquiri uma experiência que com certeza será de grande importância para a minha vida. Com um salário abaixo do mínimo, eu não tinha uma expectativa muito grande nesse trabalho, porém me surpreendi com a quantidade de coisas que me ensinaram e a quantidade de pessoas que eu conheci.
Sendo assim, graças a esse emprego eu consegui obter o que me faltava para estar preparado à Universidade, que é a capacidade de trabalhar em grupo, de aprender com os erros e conseguir distinguir o profissional do pessoal, embora muitas vezes eles andem lado a lado.
Até o dia 27 de julho continuarei trabalhando e depois disto enfrentaria o curso Ciências da Computação, mas é com antecipação que digo: Estou pronto.
Obrigado professores, por me passarem alguns conhecimentos necessários para passar no vestibular.
Obrigado meus colegas e amigos da Celesc, por fazerem parte da etapa que faz a ponte entre Ensino Médio e Superior.
Obrigado meus amigos de peito, por estarem comigo nos momentos mais difíceis da minha vida.
E, acima de tudo, obrigado minha família, por me colocarem nesse caminho tão maravilhoso e me darem todo o amor que uma criança precisa para crescer e se tornar um homem.