domingo, 27 de setembro de 2009

A inversão de valores já se tornou clichê

No mundo em que vivemos, é cada vez mais comum a inversão de valores. A desonestidade tem como sinônimo a inteligência. Achar carteira no chão, com a identidade de alguém e não ficar com o dinheiro para si se tornou burrice. Os “inteligentes” são aqueles que ficam com o dinheiro para si, como se fossem donos daquilo, e depois, se a preguiça não impedir, devolvem às autoridades competentes.
Neste mundo, aqueles que se dedicam ao estudo e buscam cada vez mais o conhecimento são “NERD’s”, enquanto os “populares” se tornam ignorantes, mas são tachados de espertos por conseguirem uma vaga na empresa do pai (que geralmente tem estudo, para conseguir montar uma empresa) ou vagas com salário baixo em pequenos ou grandes negócios. Detalhe: são esses que vão reclamar, daqui a pouco, de desigualdade social “Por que aquele cara que inventou o Windows é rico e eu não?”.
Portanto quem tem dinheiro é cada vez mais visto com olhos ruins. “Se aquele cara tem dinheiro, por que eu não tenho?” são as principais questões de fracassados que não conseguem lutar por uma estabilidade. Não passa pela cabeça dessas pessoas que a riqueza se torna fruto de trabalho, dedicação e muito ESTUDO, com exceção daquela proveniente de roubos, claro.
Mas o que irrita profundamente é ler, em revistas e jornais, ouvir, em propagandas políticas e afins que os vilões do mundo são os ricos. Vão a merda, bando de incompetentes. Eu não tenho muito dinheiro, mas pretendo ter, e não quero que imbecis venham falar que sou o vilão da desigualdade. Afinal, quem batalhou por mim fui eu, com a ajuda, claro, dos meus pais e amigos. Não vou, de maneira nenhuma, deixar a humildade de lado, mas também serei sempre contra retardados que acham injustiça um cara que se dedicou aos estudos ganhar bem.
E agora vem o Gran Finale: pessoas com imaturidade acima de qualquer coisa, se achando as donas da verdade, falando que amor não passa de ilusão. Achando que ficar para sempre junto daquela pessoa companheira, que você tanto ama, é nada mais que um estorvo. Pensei que não veria gente assim, mas já percebi que este mundo está cheio. Porra, pessoal, deixem de ser burros, o amor é o sentimento mais forte e imortal que há. E existe sim neste planeta alguém que ficará contigo até os últimos dias da tua vida, embora ela nem sempre apareça.
Sei que ainda há muitas pessoas que não se enquadram no que eu falei aqui e para essas pessoas que eu peço: Vamos fazer a nossa parte para não deixarmos esse mundo um lugar nojento demais para se viver. Sejamos críticos sempre, e respeitemos sempre as bondades e a justiça.

Este foi um texto um pouco mais forte que os que eu escrevo, mas foi necessário. Nem sempre podemos falar calmamente com pessoas ignorantes.

Abraço, meus leitores,

Felipe B. Jesus.

sábado, 19 de setembro de 2009

Vida entre morte

Em um quarto de hospital, recuperando-me do incidente ocorrido em razão de salvar aquela que eu amava, percebi o quanto a minha vida é importante.
Claro, eu não devo começar pelo final. Tudo aconteceu em uma bela noite, que brilhava à luz da lua em nossos olhos. Eu e a minha recém conhecida amiga estávamos voltando de um belo show, quando fomos abordados por dois sujeitos. Inicialmente queriam apenas roubar nossos objetos, mas isso foi muito pouco. Logo percebi que iriam tentar algo com a minha amiga, uma violência horrenda, humilhante e nojenta.
Eu não poderia ficar parado. E, por incrível que pareça, eu gostava daquele momento, pois assim eu poderia deixar a minha vida, pois vivia com pensamentos no passado e sem esperança para o futuro, realizando meu maior sonho, o de morrer como um herói. Eles estavam armados apenas com canivetes, o que me deixou ainda mais seguro em proteger a minha grande amiga. A luta durou menos de 5 minutos, até chegar a viatura, levando os dois bandidos à delegacia e levando-nos em segurança ao hospital mais próximo para eu me recuperar das feridas. Feridas das quais eu me orgulhava, pois graças a elas eu consegui manter a integridade física de uma grande pessoa.
Mas apesar do meu orgulho, tudo aquilo doía demais, a tristeza do abandono, sofrido tempo antes ainda me atormentava e intensificava ainda mais a dor das feridas causadas pelos afiados canivetes daqueles marginais. Eu ia perdendo muito sangue pelo caminho do hospital e me sentia cada vez mais fraco, mas eu sabia que sobreviveria.
E lá fiquei, por vários dias na cama, refletindo sobre a vida, inclusive deparando-me com a morte. Quando isso aconteceu, eu tive a opção de escolher entre viver ou morrer. Admito, fiquei em dúvida, mas não demorou muito pra deixar o meu egoísmo de lado e viver, a fim de não fazer nenhuma pessoa que eu amo sofrer pela minha partida.
Claro, se fosse preciso arriscar a minha vida para salvar, não apenas essa amiga tão especial, mas qualquer outra pessoa que eu tivesse ao lado para proteger, eu faria, mas pensaria muito na minha vida e faria o máximo para sair vivo dela.
E nesse leito do hospital, sentindo a lágrima daqueles que rezam pela minha recuperação, eu sinto como a minha vida é importante e como eu posso fazer falta nesse mundo. Perdoem-me pessoas queridas, por preocupá-los com isso.

Este não é um texto baseado em fatos reais, é apenas um texto que reflete alguns dos meus pensamentos mais profundos.

Abraços queridos leitores,
Felipe Born de Jesus